segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Deixe que ela seja bege

Andei pensando no que postar pra vocês hoje...e cheguei a passar pela ideia de instituir a 2ª feira, como o dia de eu postar sobre sexo e suas nuances pra vocês aqui. Primeiro pensei que talvez não pegaria bem, afinal sempre fiz o estilo mais recatada, não pudica,  mas contida em não sair falando de sexo aos quatro ventos.

Cheguei até a lembrar, que alguém me disse que era estranho me ver postar no dia do orgasmo, pois eu tinha uma imagem e tinha que preserva-la. Pois bem, resolvi que estamos nesse mundo pra isso mesmo, nos superar, pra mudar sempre que preciso. E então eu resolvi que vou sim instituir a 2ªf como o dia do sexo, ou falando dele aqui no blog!

Porque a 2ª? Poderia ser nas 6ªf, mas achei que ficaria óbvio demais, todo mundo, ou pelo menos boa parte, acha os fins de semana o momento ideal pro sexo. Concordo, estamos mais descansados, sem horários a cumprir, sem pressão...mas justamente por isso que acho que falar desse assunto em outro dia, no 1º dia da semana vem a calhar, afinal é um dia chato e que todo mundo detesta, porque então não damos um outro significado pra esse dia histórico do ódio da população mundial?

Como Psicóloga, falo em ressignificação, que é o ato de dar outro sentido para algo, alguém....Então proponho acharmos outro significado pra esse dia. O dia de falar de sexo: estamos mais descansados, é um tema bom e que desperta na gente sensações indescritíveis e além de tudo, vai dando ideias pro tão esperado momento de colocar em prática o que se falou no início da semana!!!

Então curtam ai a matéria feita por Daniel Oliveira no blog Casal Sem Vergonha. Esse texto maravilhoso, que inicialmente achei até que fosse de uma colunista mulher, porque como o jornalista aborda no texto, 99% dos homens abominam a lingerie bege.

E esses não sabem o que estão perdendo, na sutileza de mulher que usa essa cor. Claro, não precisa ser bege e feia ne, daquelas bem modelo calçola da vovó, mas uma lingerie bonita, de renda e tal, faz uma alusão ao estar nua...então curtam ai e opinem!!!!





Aí, eu broxei”. Foi assim que terminou o relato do amigo que tinha começado a namorar há duas semanas com uma modelo russa espetacular. A garota tinha tudo o que há de bom nesse planeta incorporado no corpo bem delineado, nos cabelos loiros e num sotaque incrível. O mais interessante deste relato foi saber que o motivo pelo qual o amigo havia broxado revelava uma situação. Ele sofria do problema clássico que aflige 99% da população masculina: a famosa calcinha bege.


Não sei se o que me surpreendeu nessa história toda foi o fato de que ele ignorou o mulherão por trás da tão temida lingerie ou o fato de que a maioria dos homens ainda sustenta esse mito da broxada homérica com a cor bege. Tudo bem que a gente sabe que o bege é aquela cor meio morta que foi feita para o dia a dia da mulher e tudo mais, além de fazer lembrar a avó (e o resto da história vocês conhecem bem). Sei que você não queria ouvir isso, mas a sua avó já foi sexy pra alguém. E, num tempo em que era bem comum o uso do bege, ela deve ter feito sucesso de qualquer maneira com as calçolas.

Voltando ao assunto, ainda me admira que tantos homens (e mulheres) liguem realmente para o que é visto por fora e não para o complemento. Como diria minha mãe (com toda a razão): você vai perder um baita dum recheio só porque o bolo não parece tão sedutor assim por fora? Agora imagine quantos homens não perderam uma boa oportunidade por ignorarem o conteúdo. Isso tudo porque alguém disse que uma cor de calcinha era broxante e todo mundo acreditou. Ignorar a tal calcinha bege deveria ser o mandamento número 1 do manual do homem contemporâneo. Minto. Admirar a calcinha bege é que deveria ser o mandamento. Sabe por quê?

A calcinha bege sugere uma naturalidade absurda que só pode ser trocada pela nudez em si. Ela denuncia uma segunda pele que não entrega de primeira a mulher por dentro dela. É como se você encarasse o sexo desde os seus primórdios, quando ainda não existiam colorações refinadas ou calcinhas de rosa pink e essas variações estranhas todas. O homem que rejeita uma mulher de bege, também rejeita uma mulher de moletom surrado, de cabelos despenteados, de meias coloridas. Um homem que rejeita a sedução discreta do bege é um homem que não sabe explorar a sensualidade da mulher que tem. Ele prefere a entrega imediata da renda preta ou vermelha, prefere a delicadeza da cor rosa e parece se importar mais com o aspecto visual da roupa da moça do que com ela mesma. Por que esse meu amigo não prestou atenção ao sinal discreto que a namorada exibia no interior da coxa? É um charme sem igual. Por que ele não reparou nos pelos arrepiados dela antes de tirar a roupa? É um baita sinal de entrega. Se não fosse machista, eu até desconfiaria desses 99% que se dizem tão incomodados com isso.

Deixe que ela seja bege e que te surpreenda com o que tem a oferecer, ao invés de te preocupar tanto com a cor do que ela usa. Ou então, comece a reparar mais nos tais cortes de cabelo e nas mudanças de visual que ela faz. Pelo menos isso justificaria a preocupação masculina exagerada pelas cores. Deixe que ela vista a sua segunda pele e parece nua. E descubra que não há nada mais sensual do que pele, suor, a sua admiração por ela e o trabalho das suas mãos e boca enquanto o tal pedaço de pano é esquecido no chão.

Vá ao que realmente importa: ela. Deixe que ela seja bege e mostre que a naturalidade de uma tarde comum pode render um dos melhores sexos da sua vida. Deixe de broxar com o bege e descubra nele uma nova forma de sensualidade. Que me perdoem os mais céticos, mas não há pau que resista ao recheio, independente da cor da embalagem.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...