Hoje é dia do vovô e da vovó, sabiam? Então, Feliz dia dos vovôs e das vovós!
Em especial obviamente aos meus, que estão ai na foto: Ivano e Iride! E também aos que não conheci, Antônio e Alice!!!
Hoje realmente a velhice é encarada de outra forma. Claro que ainda temos muito o que evoluir, ainda mais numa sociedade onde o culto a eterna juventude é tão presente, mas mesmo assim antigamente não se tinha uma perspectiva de vida muito alta e os que chegavam a terceira idade, geralmente envelheciam mal pelas poucas condições da saúde e do acesso a ela.
Uma situação que acho desfavorável, é que os idosos antes, eram vistos como sábios, tinham um lugar na "tribo", eram os responsáveis por manter viva as lendas das cidades, famílias, divertiam os seus contando essas histórias. E hoje esses filhos, netos, estão tão ocupados em suas vidas corridas e loucas que não querem perder tempo ouvindo a repetição chata dos mais velhos.
Portanto, assim como em qualquer etapa e segmento, temos muito o que evoluir, mas percebe-se um avanço e um olhar mais voltado aos adultos maduros, afinal numa sociedade onde as expectativas de vida já chegam aos 80 anos ou mais, quem negligenciar essa fase da vida, estará dando um tiro no próprio pé!
Então fica pra vocês a matéria, curtam ai...
Ativo e saudável, sem muito tempo para remoer problemas. Esse é o perfil do novo
idoso, como aponta um estudo realizado por pesquisadores das universidades de
Wurzburg, na Alemanha, e de Luxemburgo. Depois de comparar a perspectiva de vida
de jovens e idosos, os especialistas concluíram que, atualmente, os mais velhos
apresentam mais satisfação com a vida e têm menos chances de sofrer
depressão.
— Até algumas décadas atrás, o envelhecimento era considerado
sombrio, um tempo de declínio na vida. Era descrito apenas como a época em que
os amigos ficam doentes e morrem, em que a pessoa tem movimentos limitados, mais
problemas de saúde e um tempo de vida relativamente curto — descreve Stefan
Sütterlin, um dos autores da pesquisa, publicada recentemente no Journal of
Aging Research.
Sütterlin diz que essa realidade ficou para trás. Para
chegar a essa conclusão, ele e seus colegas analisaram um grupo de 300 pessoas
(118 mulheres e 182 homens) entre 15 e 87 anos. Por meio de questionários, eles
mediram com que frequência os participantes tinham pensamentos negativos,
focando principalmente a reflexão ponderada e a preocupação cultivada — essa
última sendo a chave para prever sintomas de depressão.
A análise dos
dados mostrou que os participantes jovens são muito mais propensos a desenvolver
depressão, muito provavelmente devido a pensamentos negativos e a algo que os
psicólogos chamam de ruminação, forma de responder às angústias da vida em que a
pessoa geralmente pensa que "nada vai dar certo".
Segundo o pesquisador,
os jovens podem mostrar satisfação com a vida também: a questão é que eles se
sentem depressivos ou alegres com mais frequência e maior intensidade. Os mais
velhos mostram, em geral, que sabem se controlar emocionalmente quando estão
vivendo alguma dificuldade, e se recuperam mais rápido de algum
problema.
Pesquisa na Capital revela mesma
tendência
A segunda edição do levantamento que calcula o
Índice de Bem-Estar (IBE) Unimed,
uma espécie de termômetro do nível de contentamento da população, também revelou
que a felicidade se encontra além dos 60 anos. Os resultados, divulgados em
novembro do ano passado, atestam que os entrevistados com mais de 60 anos
atingem as maiores médias de bem-estar em nove das 12 dimensões avaliadas, em
comparação com as demais quatro faixas etárias pesquisadas.
Segundo uma
das pesquisadoras, o resultado pode ser atribuído ao tempo livre e à ausência da
pressão do dia a dia, mais presente em outras fases da vida por conta de
obrigações profissionais ou relacionamentos.
— Mas também pode indicar
que os idosos são mais tolerantes e se contentam mais facilmente com o que têm —
avalia Teniza da Silveira.
Para a gerontologista Gislane Ferreira de
Melo, os tempos atuais propiciam um maior bem-estar aos idosos, principalmente
pelo fácil acesso às atividades voltadas para eles.
— Muitos avôs e avós
tiveram uma infância mais difícil. Antigamente, não havia projetos para idosos.
Esse cenário não contribuía para uma maior satisfação com a vida. Hoje, eles
estão no computador, nas redes sociais e são acolhidos pela comunidade onde
vivem — analisa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário