terça-feira, 15 de outubro de 2013

Habilidades profissionais podem ser identificadas no jardim de infância

No dia de hoje, no dia dos nossos queridos mestres, acho que essa matéria vem bem a calhar, afinal são eles que fazem toda uma diferença na nossa vida laboral e também nas escolhas que faremos. Sempre percebendo nossos potenciais e nos incentivando a extrairmos o melhor de nós mesmos. Curtam a matéria que saiu no Pense Empregos!
 
O meu MUITO obrigada aos grandes que tive e parabéns pelo dia e vocação de vocês!!!
 
 
 
A época do jardim de infância é, realmente, quando se aprende a maioria dos conceitos que serão utilizados na vida. Por ser, muitas vezes, a primeira experiência de convívio social da criança longe dos pais, é um momento de descoberta e desenvolvimento. Linda Pagani, professora e pesquisadora da Universidade de Montreal e CHU Sainte-Justine, realizou um estudo que mostra como esse ambiente é propício para reconhecer as competências que podem orientar o futuro profissional das crianças.
 
De acordo com o estudo, as crianças que tendem a trabalhar de forma autônoma e em harmonia com seus colegas de classe, com autocontrole e confiança, e que sabem seguir orientações, são mais propensos a continuar com tais comportamentos no local de trabalho.
 
"Para as crianças, a sala de aula é o local de trabalho. O comportamento orientado para a tarefa, nesse contexto, é reproduzido mais tarde no mercado de trabalho", disse Linda ao site Business News Daily. "Na psicologia infantil, chamamos isso de a evolução do desenvolvimento dos trabalhos orientados habilidades, desde a infância até a idade adulta."
 
Segundo Daiana Rocha, pedagoga com especialização em Gestão Educacional, a educação infantil trabalha com atividades lúdicas e permite que a criança seja mais natural. “Os professores identificam características e habilidades que se destacam entre os alunos e programam atividades para incentivar esse desenvolvimento”, comenta.
 
As habilidades e competências podem ser apresentadas, entre outras formas, através de desenhos, fala e atitudes. A partir desse reconhecimento, o docente deve encontrar maneiras de valorizar as produções das crianças. “O principal é não esquecer que elas são crianças, para não pressionar demais. Deve incentivar sem expor, sem supervalorizar. Além disso, é importante trabalhar a questão junto da família, que pode também ter identificado a habilidade em casa. Tudo sem cobrança”, explica Daiana.
 
A pesquisa de Linda examinou o jardim de infância nos bairros mais pobres de Montreal. Os professores dos alunos utilizaram uma escala para pontuar as habilidades de concentração, que eventualmente foram utilizadas para determinar seu nível de envolvimento em sala de aula. O resultado mostra que meninos, crianças agressivas e com menos habilidade cognitiva demonstram menor engajamento para as questões da sala de aula. "A identificação precoce e tratamento de problemas de atenção, como correção precoce, são as formas menos dispendiosas de intervenção", disse Pagani. "Abordagens para reforçar capacidades de atenção no jardim de infância podem se transformar em vias estáveis e produtivas em relação à aprendizagem."
 
As escolas infantis, geralmente, trabalham as atividades no grande grupo. Cada aluno tem as suas habilidades e os projetos temáticos das escolas ajudam a contemplar a todas, valorizando as capacidades individuais. “Não é possível dizer o que o indivíduo vai se tornar, mas o incentivo às competências pode render frutos no futuro, seja para a profissão ou para o lazer. A habilidade não desaparece e trabalhar de maneira prazerosa serve mais”, diz Daiana.
 
Da mesma forma que o incentivo ainda na infância colabora com o desenvolvimento do futuro profissional, a inadequação das atividades pode trazer o fechamento das habilidades. “Um trabalho mal feito pode prejudicar tanto quem tem habilidades quanto quem não tem. É preciso fazer um acompanhamento para ver como o jovem entendeu aquela valorização. O estímulo errado, como ignorar a habilidade ou evitar as produções das crianças, pode transformar o que era prazer em algo traumático”, conclui a pedagoga.







Fonte: Pense Empregos

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